E aí, pessoal?! Semana começa bem, não é?!
Esta semana o assunto do blog está bem interessante! Vou falar sobre os cobogós, aqueles elementos vazados - que podem ser em cerâmica, vidro ou cimento - que foram bastante utilizados na arquitetura modernista brasileira, que teve o seu auge nas décadas de 40 e 50, e atualmente vem ganhando importância em obras de arquitetos contemporâneos.
O nome cobogó deste elemento é um resultado da soma das iniciais do sobrenome de seus inventores (Coimbra, Boeckman e Góis), que inicialmente o produziram no cimento. Sua origem vem do conceitos dos antigos muxarabins, as tramas vazadas de madeira utilizadas na arquitetura árabe e também presentes na arquitetura colonial brasileira.
Para o clima do nosso país, a utilização do cobogó é uma boa opção, pois permitem a iluminação e ventilação dos espaços internos, controlando a passagem de luz e barrando ventos excessivos. Além disto, conferem visibilidade para o exterior da edificação ao mesmo tempo que conferem privacidade a ambientes muito abertos.
Sua utilização nas fachadas criam movimentos e desenhos bem interessantes. No entanto, hoje em dia, existe certo preconceito em sua utilização, pois, com o passar do tempo, os cobogós "deixaram de embelezar as fachadas e migraram para espaços menos nobres, quando passaram a ser usados como divisórias de áreas de serviço, perdendo todo o glamour inicial."*
Atualmente, existem vários modelos novos e com lindos desenhos para estas peças. Confiram abaixo algumas imagens selecionadas da matéria da revista Arquitetura & Construção*. Aposto que farei com que vocês percam o preconceito contra os cobogós e ficarão morrendo de vontade de ter uma destas lindas peças enfeitando seus espaços!
Atualmente, existem vários modelos novos e com lindos desenhos para estas peças. Confiram abaixo algumas imagens selecionadas da matéria da revista Arquitetura & Construção*. Aposto que farei com que vocês percam o preconceito contra os cobogós e ficarão morrendo de vontade de ter uma destas lindas peças enfeitando seus espaços!
Cobogó modelo folha, da Cerâmica Martins, aplicado na Lanchonete da Cidade, São Paulo, com uma arquitetura inspirada nos anos 50. Projeto das arquitetas Carla Caffé e Carol Tonetti. |
Painel de cobogós pretos, feito sob encomenda pela Cerâmica Madri, para a loja Dbox, em São Paulo. Projeto do arquiteto Felipe Protti. |
Cobogós com trama de palhinha, fabricado pela Neo-Rex, são usados pelo arquiteto Cícero Ferraz da Cruz, unindo dois elementos bem brasileiros. |
Painel de cobogós amarelos com bastante movimento (Elemento V) separam a área de serviço de um apartamento dando um grande charme a esta área. Projeto da arquiteta Renata Pedrosa. |
Painel de cobogós com desenhos de bolinhas separa a cozinha da área de serviço no apartamento da arquiteta Jovita Torranp. Cobogós da Elemento V. |
* Matéria: Cobogós fashion: cores, modelos e novos usos do elemento vazado. Site Casa Abril. Disponível em: