terça-feira, 16 de agosto de 2011

Designer do Mês: Gaetano Pesce!


Gaetano Pesce é um arquiteto e designer italiano, nascido em 1939 na aldeia La Spezia. É um grande profissional que explorou durante toda sua carreira todas as possibilidades dos materiais que estudava e usava em suas obras. Estudou Arquitetura e Design Industrial na Universidade IUAV de Veneza entre 1959 a 1965.


Em 1967, Pesce saiu da Itália por uma década viajando pelo mundo afora. Em 1983 vai para os Estados Unidos para lecionar na escola Cooper Union, país onde vive e trabalha atualmente. Durante toda sua carreira teve trabalhos expostos nos maiores museus do mundo: Museu de Arte Moderna; Metropolian Museum of Art, em Nova York; Museu Victoria e Albert, em Londres e o Centro Georges Pompidou, em Paris.

Suas obras são bastantes excêntricas e trabalham muito com o conceito do happening, que é a transformação do objeto e sua interação com o público. Outro tema recorrente em seus trabalhos é a idéia do "malfeito": "Introduzi nos meus objetos a ideia do erro, do defeito, porque o defeito é muito humano, somos todos cheios de defeitos. E, assim, quando procurarmos esconder esses defeitos, criamos uma beleza muito abstrata que é, em si, muito vazia. O que quero dizer é que, dando valor ao defeito, cria-se um novo conceito de beleza." Vejam algumas obras deste ilustre designer:

Organic Building, 1972, Osaka. Uma de suas construções mais famosas, que se trata de um edifício no qual sua fachada apresenta soluções em jardins verticais para a falta de espaço no Japão.


Bahia House, construída pelo arquiteto em uma das praias do estado brasileiro. A fachada é toda revestida de  placas de resina, que lembram as escamas de um peixe, e os interiores foram todos feitos com materiais locais.
Cadeira I Feltri, 1987. Nesta cadeira Pesce explorou as possibilidades dos têxteis impregnados de resina.  Ao saturar o feltro com resina epoxida, conseguiu criar uma estrutura capaz de se manter de pé só por si.

Série Up e Cadeira Donna, 1969. Comprimidas e embaladas a vácuo em PVC, o mobiliário da série Up saltava literalmente para a vida quando desembrulhado. Descrito por Pesce como mobiliário de transformação, estas criações iconoclastas tornaram o simples ato de comprar uma cadeira num happening.
Cadeira Umbrella, 1992-1995. A cadeira Umbrella é uma criação leve leve, dobrável e de fácil transporte. Pode ser transformada em bengala ou em cadeira pressionando apenas um botão.

Coleção Melissa Verão 2011 - Modelo Fontessa. Este modelo de sandália criada por Gaetano democratiza a ideia de customização no conceito "faça você mesmo": a sandália é feita por círculos vazados colados entre si apenas pelas bordas e com a ajuda de uma tesoura transforma-se em diversos modelos, de acordo com a criatividade do consumidor.

Até a próxima semana!!!


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dúvidas sobre cortinas!

Olá, pessoal! Como têm passado??

Bom, primeiramente, gostaria de explicar minha ausência aqui no blog na semana passada: me dei uma semana de férias!!! Rsss... Bom, mas hoje o post está com bastantes informações para compensar!!! Vou postar a vocês umas perguntas da matéria que saiu na Casa Cláudia - edição de julho - sobre cortinas!


1. Qual o tipo de cortina mais indicado para ambientes pequenos?

O modelo romano é o mais indicado porque ocupa pouco espaço, movendo-se rente à parede e não criando volume próximo ao chão.

Cortina Romana
2. Em que estágio da decoração deve entrar a cortina? Antes ou depois dos móveis e pintura?

A cortina deve ser um dos últimos itens a entrar na casa, mas o ideal é planejá-la com antecedência, já definindo sua cor e modelo, pensado na composição com os outros elementos do espaço.

3. A cortina precisa chegar até o chão ou pode só cobrir a janela?

A cortina indo até o chão torna o ambiente mais elegante, além de contribuir para alongar o pé-direito visualmente. No entanto, se tiver um móvel abaixo da janela, pode-se cobrir apenas a abertura da janela. Outra dica é que as peças tenham folga de tecido de 10 a 20cm nas laterais para evitar vazamento de luz.


Cortina até o chão.
Cortina até o móvel.

 4. Posso usar cor na cortina?

Pode, desde que haja bom senso. Se o ambiente já estiver carregado de cores e informações, o ideal é apostar em uma cortina mais neutra. Caso o contrário, pode-se trabalhar com cortinas coloridas ou estampadas, quando o espaço em si for mais monocromático.

Mistura de cortina com estampas neutras.
Cortina estampada em ambiente com cores neutras.

 5. Quantos centímetros acima da janela devo instalar o varão?

Em geral, recomenda-se instalar o varão na metade da parede entre a janela e o teto. Se o pé-direito for menor que 2,60m, no entanto, a sugestão é posicionar o bastão mais próximo do teto, que alongará a parede, dando a sensação de o ambiente ser mais alto.

Cortinas com varão.
  
6. Existe blecaure que fique bonito no quarto?

Sim, pois hoje em dia existem modelos de blecautes que funcionam como cortinas, devido à sua composição e textura, não mais emborrachada. Alguns modelos aparentam ser de algodão. Eles bloqueiam de 70 a 100% dos raios e não devem ser lavados em máquina para não romper os fios.

7. A barra da cortina deve arrastar ou ficar rente ao chão?

Isso é uma questão de gosto, embora os especialistas concordem que as cortinas ganham em elegância quando arrastam no chão. Quando rentes ao piso corre-se o risco de mostrar algum desnível da superfície. A arquiteta Adriana Penteado indica deixar sobras de 1 a 2cm. Quanto ao tamanho, as barras podem variar de 10 a 50cm. Vale lembrar que as barras duplas garantem um melhor caimento ao conferir mais peso às cortinas.

Cortina com barra dupla arrastando no chão.

8. Quais as pregas mais usadas?

A prega americana e a macho são campeãs de preferência dos profissionais. A primeira oferece um caimento mais clássico e a segunda serve para ambientes mais despojados. Há também outros modelos em voga, como a palito - com uma prega em vez de duas ou três, como na americana - e a wave, que forma ondas.

Cortina com prega americana.
Cortina com prega macho.

9. Com o cortineiro de gesso o corret é usar varão ou trilho?

Use trilho. O varão é uma peça decorativa mais cara que o trilho, não tendo razão para escondê-la dentro do cortineiro de gesso. Os trilhos suíços são os mais indicados, pois não enferrujam, podendo ser simples, duplos ou triplos, conforme o número de panos da cortina.

Trilho embutido em gesso.

10. Qual cortina usar em janelas com alta incidência de sol?

Cortinas de 100% poliéster são as mais indicadas porque não queimam como os tecidos naturais. Vale combinar também persianas com cortinas para dosar a intensidade de luz ou recorrer às telas solares, que filtram os raios UV e reduzem o calor em até 60%. Para quem não quer gastar muito recomenda-se o forro de tergal-verão, que é resistente e pode ser lavado em casa.

11. Quais os tecidos indicados se desejo lavar a cortina em casa?

Os 100% sintéticos, como os poliésteres, são os mais recomendados. Os mistos e naturais devem ser lavados em lavanderias especializadas. Uma boa dica é sempre mandar pré-encolher (ou seja, lavar) o tecido antes de fazer a cortina.

Vejo vocês na semana que vem, com o post do nosso Designer do Mês! Vou postar mais informações sobre cortinas nas próximas semanas, focando em outros aspectos, como tecidos, modelos de pregas, varões e dicas!


Um grande abraço a todos!!!